Fábrica de órgãos pode facilitar o transplantes em Londres

Uma universidade em Londres quer montar uma fábrica de órgãos para facilitar os transplantes. Os pesquisadores já conseguem criar em laboratório narizes e orelhas. Nessa semana, inclusive, a prefeitura lançou uma iniciativa para atrair investimentos à criação de órgãos oficiais.

De acordo com o professor Alexander Seifalian, da University College London, é como fazer um bolo, em um tipo diferente de forno. No caso, o corpo humano. A equipe dele está entre as primeiras do mundo a usar uma técnica que faz crescer na pessoa o órgão a ser transplantado.

No ano passado, os cientistas construíram um nariz para um britânico que ficou deformado por causa de um câncer. Eles fizeram um molde com um material sintético e adicionaram uma solução de sal e açúcar para imitar a textura esponjosa do nariz natural. Em seguida, cobriram o molde com células-tronco tiradas da gordura do paciente e implantaram o nariz no braço dele, para que a pele crescesse e cobrisse o órgão.

Agora, os pesquisadores esperam a aprovação do procedimento pelas autoridades britânicas para poderem transferir o nariz para o rosto do homem.

Enquanto isso, o time de Alexander cria outras partes do corpo humano, incluindo artérias coronárias. No fim desse ano eles devem começar um programa em Mumbai, na Índia, e em Londres, para implantar orelhas de laboratórios em pessoas que nasceram sem esses órgãos.

A cirurgiã Michelle Griffin explica que para fazer uma orelha pelo método antigo, seria preciso raspar a cartilagem da costela do paciente e moldá-la no formato do órgão. “É um procedimento imenso e traumático, que envolve várias operações e muita dor”, diz ela. Alexander complementa: “com a nossa técnica, só é preciso esperar algumas semanas e ver o resultado crescer”.

A prefeitura de Londres anunciou essa semana que vai desenvolver ainda mais esse tipo de pesquisa. O prefeito, Boris Johnson, quer transformar três universidades da capital britânica em centros de excelência na produção de órgãos artificiais.

Fonte: Jornal Hoje

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