Quando uma nova cara ajuda a uma nova vida
Nove anos depois do primeiro transplante facial, parte dos receios iniciais sobre esta técnica médica foram ultrapassados. Um artigo de revisão avalia 28 transplantes e os resultados são positivos.
Em 2006, quando a francesa Isabelle Dinoire apareceu numa conferência de imprensa, poucos meses depois de ter recebido o primeiro transplante facial de sempre, explicou que o sucesso da sua experiência abria “uma porta para o futuro”. Não só para ela, mas também para as outras pessoas que tinham ficado desfiguradas. Esta operação pioneira decorreu em Novembro de 2005 e, na altura, foi muito criticada devido aos riscos que comportava. Hoje, nove anos depois, pelo menos 28 pessoas já se submeteram ao mesmo procedimento: um artigo recente na revista The Lancet avalia a primeira década de aplicação da nova cirurgia e dá-lhe nota positiva.