Teste final para que paraplégico dê pontapé inicial do Mundial é bem-sucedido

Foi concluído com êxito o último teste do projeto Andar de Novo, que fará com que um paciente paraplégico caminhe na Arena Corinthians e dê o pontapé inicial da Copa do Mundo no dia 12, disse na noite de quinta-feira o neurocientista Miguel Nicolelis, que comanda o projeto.

A abertura da Copa do Mundo de 2014, no dia 12 de junho, reserva um momento especial para a ciência brasileira e mundial. Usando um exoesqueleto robótico, uma pessoa paraplégica deverá se levantar de uma cadeira de rodas, caminhar por cerca de 25 metros na Arena Corinthians, em São Paulo, e dar o pontapé inicial do Mundial

A abertura da Copa do Mundo de 2014, no dia 12 de junho, reserva um momento especial para a ciência brasileira e mundial. Usando um exoesqueleto robótico, uma pessoa paraplégica deverá se levantar de uma cadeira de rodas, caminhar por cerca de 25 metros na Arena Corinthians, em São Paulo, e dar o pontapé inicial do Mundial

Com o cumprimento desta etapa, a equipe de Nicolelis também comprovou a hipótese inicial do projeto de que seria possível uma pessoa paraplégica caminhar com a ajuda de uma estrutura robótica comandada pelo cérebro desse paciente.

“Agora nós temos os dados, evidentemente que nós teremos que analisá-los nos próximos meses. Mas nós temos primeiro a confirmação de que a ideia que foi proposta é factível, que ela é realizável, e ontem (quarta-feira) nós realizamos o teste da demonstração que nos foi pedido para a abertura da Copa, e conseguimos realizar como planejado”, disse Nicolelis à Reuters por telefone.

Agora, a equipe de Nicolelis vai tratar com a Fifa sobre a logística da demonstração. “Agora nós vamos nos preparar para as condições de fazer num campo de futebol, com todos os dados que nós coletamos ao longo desses meses”, disse.

O cientista acrescentou que, com a conclusão da parte científica, clínica e tecnológica do projeto, abrem-se novos caminhos de pesquisa nas áreas de reabilitação e melhora na qualidade de vida de pacientes portadores de doenças que geram paralisia.

Ele também afirmou que os detalhes do projeto “serão relatados numa série de artigos científicos”.

“É a primeira vez que foi feito, com essa magnitude, com esse número de pacientes, com essa complexidade, um sistema que tem a intervenção direta do cérebro do paciente e também remete feedback tátil para o paciente”, disse ele, se referindo ao exoesqueleto, estrutura robótica que permite que o paciente caminhe comandando o aparelho com o cérebro e sinta a sensação de caminhar novamente.

“Estão abrindo-se agora várias linhas de pesquisa com esses resultados desses 18 meses que a gente pretende expandir tanto aqui no Brasil como parte do consórcio Andar de Novo… Isso vai expandir dramaticamente o interesse de outros grupos de pesquisa nesta abordagem.”

Após a demonstração na abertura da Copa, Nicolelis e sua equipe esperam “descansar razoavelmente” para somente depois anunciar os próximos passos do projeto.

Fonte: esportes.br.msn.com/

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